• Major do Exército Brasileiro, formado pela Academia das Agulhas Negras.
• Atleta Olímpico de tiro esportivo na categoria carabina deitada.
O início da carreira de Cassio está diretamente ligado à sua entrada no Exército Brasileiro. Em 1995, quando entrou na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), vieram as equipes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), já como cadete foi campeão da NAVAMAER (competição entre as academias militares do Exército – AMAN, Força Aérea Brasileira – AFA e Marinha – Escola Naval) e do Sulamericano de Cadetes, em Lima, no Perú em 1999.
Após formado em 1999, foi convocado para integrar a equipe da Comissão de Desportos do Exército (CDE) desde o ano de 2000. Nos anos que se seguiram Cássio Rippel seguiu integrando as equipes da CDE e da Comissão de Desportos Militares do Brasil (CDMB) representando o país nos Campeonatos Mundiais Militares de 2000, em Lahti – Finlandia, 2004, em Ankara – Turquia, 2006, em Rena – Noruega, 2008, em Boden – Suécia, e nos Jogos Mundiais Militares de 2007, em Hyderabad – Índia.
Paralelamente Cássio iniciou o treino das modalidades Olímpicas, em 2003, começou a competir em provas de Carabina deitado e 3×40, a 50 metros, e Carabina de Ar em alvos de 10 metros.
“Posso dizer que o momento crucial em minha carreira desportiva foi a preparação para a seletiva do Pan-americano do Rio de Janeiro, em 2007, quando iniciei um planejamento correto da minha preparação, visando aquele evento contudo após minha atuação naquela Seletiva, não classifiquei e identifiquei que precisava aprimorar minha técnica. Nesse mesmo ano de 2007 consegui a aprovação do técnico da equipe Olímpica dos EUA, David Johnson, para que ele me treinasse. Assim, permaneci em Columbus/GA durante a “Spring Selection” (seletiva da equipe olímpica dos EUA), sob a orientação de Dave e de Ernest Vande Zande (técnico auxiliar da equipe Olímpica Americana), que fazia a orientação e treinamento exclusivamente na modalidade de Carabina Deitado”.
Em 2012, foi designado para uma missão do Exército no exterior, vivendo em Bogotá, na Colômbia, e sendo instrutor de Tiro Esportivo e técnico da equipe de cadetes do Exército Colombiano ele conseguiu manter em seu tempo livre um treinamento diário e constante com um alto nível de exigência pessoal.
E foi nesse mesmo ano que veio o primeiro grande resultado: a quebra do recorde brasileiro e sul-americano durante a Copa do Mundo de Milão/ITA, com o total de 598 pontos e a quarta colocação na fase eliminatória da competição.
Com a medalha de Bronze conquistada durante o III Campeonato Ibero-Americano, em Granada/ESP, em outubro de 2012, Cassio garantiu acesso ao Time Olímpico de Carabina Deitado. Desde então a equipe do Brasil participou de 3 Copas do Mundo em 2013 (EUA, Alemanha e Espanha), 4 em 2014 (EUA, Alemanha, Eslovênia e China) e 4 em 2015 (Coréia, EUA, Alemanha e Azerbaijão), totalizando 11 Copas do Mundo.
Dessas provas internacionais Cassio figurou entre os 20 melhores do mundo em 9 delas, sendo que por 5 vezes classificou-se para a final Olímpica, participando da disputa por medalhas. Fato inédito no tiro esportivo brasileiro.
Outro fato marcante na vida do atleta foi a disputa do Panamericano de Toronto, em 2015. Essa prova revestiu-se de especial atenção por distribuir uma vaga para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. E com uma atuação exemplar Cássio fez 625,9 pontos na prova, classificando-se em primeiro lugar estabelecendo o novo recorde Panamericano da prova. E na segunda fase, disputando a medalha dourada com o atirador americano Michael McPhail, número 1 do ranking mundial, o brasileiro abriu uma diferença de 2,2 pontos não dando chances para o segundo lugar. Com o resultado de 207,7 pontos Cassio estabeleceu o novo recorde Panamericano e teve uma conquista dupla a tão sonhada medalha de ouro e a vaga olímpica para o Rio 2016.
“O caminho para os Jogos Olímpicos do Rio 2016 já começou e temos muito trabalho duro pela frente!”